Relações Humanas & Veterinária Comportamental

Muitas pessoas ficam intrigadas sobre o que fazemos na consulta comportamental… Colocamos os cães em divãs? Algum exercício de telepatia? Nada disso, gente! A medicina veterinária comportamental é a especialidade que trata dos distúrbios comportamentais, e por consequência dos estados emocionais dos nossos pets. 🐾
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Para fazer isso, trabalhamos com total embasamento científico, usando três pilares: Modificação Ambiental, Modificação Comportamental e os Psicoativos (tem um post ótimo da @dradaniramos explicando isso!).
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Eu acredito que o grande desafio do profissional é garantir que a família compreenda o diagnóstico do seu animal e como ele impacta sobre a vida de todos, mas principalmente o sofrimento e as limitações que isso causa para aquele cão ou gatinho. 🐶🐱
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O tratamento proposto sempre vai exigir muita dedicação e tempo dos humanos envolvidos e isso pode ser um grande desafio, pois todos sabemos que mudar hábitos e rotinas não é algo simples. Porém, quando a família cria consciência sobre o estado emocional e o sofrimento de seu animal, ela pode se colocar no lugar do animal e criar força para mudar. Sim, a mudança na terapia comportamental é essencial, mas não apenas mudança de ação, mas de perspectiva. 😉
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Nós, profissionais, precisamos avançar, não basta mudar comportamentos ou muito mesmo apenas suprimi-los, precisamos focar em melhorar os estados emocionais, de forma a aumentar as emoções positivas em nossos amados cães e gatos.

Essa palavra se resume à atribuição de qualidades humanas aos animais. Um exemplo clássico: quando o pet tem um comportamento como destruir o sofá e você interpreta dizendo que ele está se vingando por ter ficado sozinho ou por você não dar a devida atenção (hoje já sabemos que isso é apenas sua imaginação, pois até o momento a ciência mostra que eles não possuem essa capacidade cognitiva!).
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A grande questão é que o antropomorfismo pode ser bastante prejudicial na sua relação com seu pet, uma vez que vai te levar a erros na interpretação do comportamento do cão e do gato, gerando conflitos nessa relação.
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Além disso, quando somos antropomórficos, deixamos de considerar a necessidade real daquele indivíduo e passamos a atender somente o que “nós consideramos” importante, prejudicando imensamente o bem-estar do pet. 😥
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Porém, é preciso lembrar que foi graças ao nosso comportamento antropomórfico que pudemos nos conectar de forma tão próxima dos cães e dos gatos.
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Por isso, pesquisas recentes apontam para um caminho onde podemos usar essa nossa tendência de forma a beneficiar as relações com os pets. 😱
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Sei que pode parecer complexo demais, mas vale a pena refletir sobre o quanto nós interpretamos de forma errônea o comportamento dos nossos amados cães e gatos, também o quanto podemos aprender a interpretar da maneira correta e reconhecer o que de fato a ciência prova que temos em comum! ❤